Há práticas que parecem autocuidado, como dieta detox, massagem, retiros de beleza/espirituais, etc., mas são soluções superficiais e rápidas que não melhoram a sua vida propriamente. Às vezes, essas práticas, até geram uma experiência de bem-estar, mas não tratam de problemas mais amplos da sociedade que podem provocar estresse e ansiedade.
Tenha atenção para essas práticas de melhora emocional momentânea, pois são paliativos para burnout, ansiedade e depressão. Podemos até consumir esses produtos com essa proposta, mas precisamos compreender que não preenchem as lacunas do acesso à terapia ou ao médico e autoconhecimento. Precisa-se priorização de nosso bem-estar e nossa saúde mental, compreendendo o que de fato possui sentido para você e pode contribuir para sua melhor qualidade de vida.
É necessário ter em mente as ferramentas de “autocuidado real“, que exigem introspecção para identificar atividades que te deixem mais realizado(a). Repensar o modo como você se cuida pode levar a uma transformação gradual de sua qualidade de vida. Alinhar suas escolhas e ações individuais com suas crenças e sua visão do mundo, pode ajudar a melhorar os contextos sociais que está inserido e que criam dificuldades e conflitos em seu dia-a-dia.
Para sua jornada de autocuidado real, compreenda:
- Autocuidado não deve ser uma obrigação ou meta: Encare o como valores e decisões que embasam todos seus diferentes papéis e atividades.
Não importa a atividade você identificou para te ajudar a se sentir melhor, mas sim como você a pratica. Por exemplo, se a realização de uma atividade física se tornou mais um item na sua lista de obrigações não gerará o autocuidado. Importante que tenha sentido para sua vida.
- Seus valores: Entender o que você se importa e deseja para ser seu norte.
Organize sua vida profissional e familiar de uma maneira que permita viver segundo seus valores e com que o faz sentido para você. Compreender seus valores auxiliará em suas escolhas: os “sins” e “nãos” para as atividades presentes em seu mundo.
- Seus limites: Priorizar suas necessidades é diferente de egoísmo.
Se dê o tempo necessário para tomar decisões alinhadas aos seus valores. Muitas vezes os limites são transpostos muito facilmente ou são muito rígidos, portanto para flexibiliza-los reflita sua necessidade e o sentido que possui para você.
- Seu sentimento de culpa: A autocrítica surge com os arrependimentos das relações consigo e com ou outros.
É possível se sentir culpado ao priorizar alguma coisa ou outra, porém as consequências da culpa mal administrada podem ser prejudiciais a quem as sente. Os pensamentos negativos e hostis podem te paralisar, entristecer e desmotivar, causando desgaste emocional e sofrimento mental. Portanto, esteja atento às suas necessidades e seja empático consigo mesmo.
Compreender e praticar o autocuidado pode ser uma porta para uma vida muito mais conectada e com mais sentido para você. Vamos juntos nessa jornada?
Jéssica Santos